O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, defendeu o empresário Domingos Brazão, delatado pelo ex-policial militar Ronnie Lessa como mandante do assassinato de Marielle Franco. A delação à Polícia Federal (PF) foi divulgada nesta semana. Em artigo publicado no site Agenda do Poder, o dirigente do PT disse não acreditar que Brazão é o mandante do crime contra Marielle e pediu provas das acusações.
“Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade”, afirmou Quaquá. “Espero que as acusações que estão lhe fazendo não sejam validadas com base apenas na delação de um assassino ligado ao bolsonarismo. É imprescindível que se apresentem provas concretas que possam confirmar a delação.”
Quaquá e Brazão se conhecem e já atuaram em campanhas eleitorais juntos, como assumiu o petista. “Conheço o Domingos Brazão de longa data”, disse o vice-presidente do partido. “Inclusive de campanhas eleitorais nacionais, onde ele esteve ao nosso lado.”
Atualmente, Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ele também já atuou como político, é ex-deputado federal e foi candidato à prefeitura da capital fluminense.
Brazão tem um histórico com o PT. Em 2010, por exemplo, fez campanha para a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Ele chegou a exibir adesivos da petista em carreatas ao lado de Eduardo Cunha.