Um chefe de uma facção criminosa cearense, que se denominava ‘STF do Conjunto Esperança’, foi condenado a 29 anos e 2 meses de prisão, pela Justiça Estadual. Na mesma decisão, proferida no último dia 16 de novembro, uma mulher acusada de integrar o grupo criminoso foi absolvida e solta.

Reginaldo Alves dos Santos, conhecido como ‘Irmão Play’ ou ‘STF do Conjunto Esperança’, foi condenado pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico e terá que cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

Já Maria Ivonilda da Silva, a ‘Rainha’, foi absolvida pela Justiça das acusações de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Vara expediu alvará de soltura com urgência para a ré.

As defesas de Reginaldo e Ivonilda pediram a absolvição dos clientes, por falta de provas para a condenação; e a nulidade das provas produzidas contra os mesmos, por se basearem na extração de dados de objetos apreendidos sem autorização judicial, na posse de Yago Steferson Alves dos Santos, o ‘Yago Gordão’, um dos fundadores e chefes máximos da facção cearense e sobrinho de ‘Irmão Play’.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu pela condenação dos dois réus. Segundo os Memoriais Finais do Órgão, a qual a reportagem teve acesso, os nomes de Reginaldo Alves dos Santos e Maria Ivonilda da Silva foram encontrados entre tramas criminosas, no aparelho celular de ‘Yago Gordão’, preso no Rio Grande do Norte, em 2018.

Reginaldo é tio de Yago Steferson Alves dos Santos e, nas investigações policiais, foi identificado como um “homem de confiança” do sobrinho, com atuação de liderança do tráfico de drogas na região do Conjunto Esperança, em Fortaleza. ‘Play’ revendia as drogas do sobrinho, na região, segundo os investigadores.

Já ‘Rainha’ é acusada pelo MPCE de ser uma pessoa de confiança de ‘Play’. Ela e a irmã seriam “responsáveis pelo recebimento e repasse de valores referentes ao tráfico de narcóticos, destaca-se também que efetivamente praticam a comercialização de entorpecentes”, segundo a acusação.

Fonte: DN

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