O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), apresentou há pouco um requerimento com pedido de informações ao Ministério da Saúde para saber todos os gastos detalhados do “1º Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde no Brasil”. O evento entrou na mira da oposição após a performance erótica de uma participante ao som de uma versão da música de Batcu, de Aretuza Lovi, com participação de Valesca Popozuda. A performance foi acompanhada por aplausos, tanto do público presente quanto dos demais participantes do evento.
No pedido de informações, Cavalcante, que é ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, critica a dancinha sensual. “A mencionada apresentação com dança erótica no referido evento não condiz com as políticas e diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde em relação à promoção da saúde”, afirma.
“O governo Bolsonaro criou a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Ssps) para aprimorar o atendimento dos brasileiros”, lembrou Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde. “Entre outras ações, instituímos o Previne Brasil, uma transformação no modelo de assistência à saúde na atenção básica. Vejam em que se transformou os eventos da Saps sob a gestão dessa gente. Isso é só o começo.”
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) disse que “estão com pressa em destruir o Brasil”. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) classificou o episódio de “chocante” e lamentou como “a ideologia contaminou o governo”.
A pasta se manifestou, nesta sexta-feira, 6, sobre a dança erótica nas dependências da pasta. O ato ocorreu durante o I Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde. O MS, contudo, não informou quanto o evento custou.
“A programação teve a participação de sete grupos artísticos nos seus intervalos”, informou a pasta. “Uma das apresentações surpreendeu pela coreografia inapropriada. O MS lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da secretaria e nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizados no encontro, e adotará medidas para que não aconteça novamente.”