O relator do marco temporal no Senado, Marcos Rogério (PL-RO), deve evitar fazer alterações no texto. Se for alterado, o projeto de lei precisará ser analisado novamente pela Câmara dos Deputados, o que poderia atrasar sua aprovação. Senadores da oposição querem acelerar a tramitação do texto por causa do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). A Corte retoma a análise sobre a tese em 20 de setembro.
O julgamento foi suspenso em 31 de agosto, depois de o plenário alcançar o placar de 4 votos a 2 contra a tese. Até o momento, os ministros Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Cristiano Zanin se manifestaram contra o marco. Nunes Marques e André Mendonça votaram a favor.
Se o relator conseguir evitar alterações no texto durante a tramitação no Senado e o texto for aprovado no plenário, a ideia seria que possíveis mudanças pudessem ser feitas por veto presidencial. Para isso, precisaria haver um acordo prévio entre governo e oposição para o Congresso manter os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O governo tenta fazer com que o texto passe por outras comissões. A senadora Leila Barros (PDT-DF) já apresentou requerimento para que o tema seja discutido na Comissão de Meio Ambiente, presidida por ela.