O presidente nacional em exercício do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o deputado federal André Figueiredo, reafirmou nesta segunda-feira (11) a predileção da legenda pela reeleição do atual prefeito de Fortaleza, José Sarto. O assunto voltou a ganhar força no fim de semana, após o noticiário político nacional repercutir a liberação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, pelo diretório estadual, para desfiliação.

“O candidato do PDT será Sarto”, ratificou o parlamentar ao ser provocado pelo Diário do Nordeste, relembrando também o pedido do chefe do Legislativo do Ceará de deixar a sigla: “O Evandro já pediu a desfiliação. Cabe à Justiça decidir”.

Uma matéria veiculada pelo jornal O Globo neste domingo (10) problematizou a emissão da carta de anuência pela divisão cearense do PDT. O aval, mesmo questionado judicialmente pelos correligionários da Executiva Nacional, é visto como mais um sintoma do antagonismo entre alas do partido.

Um dos grupos é capitaneado pelo senador e presidente estadual Cid Gomes – que defende uma aproximação do Partido dos Trabalhadores – enquanto o outro é liderado por André Figueiredo – que segue reivindicando uma autonomia política.

O documento concedido, em tese, permitiria a Evandro Leitão, que tem sido cotado como candidato à Prefeitura, desembarcar da sigla sem que houvesse a perda do mandato. Dado o interesse do PDT Nacional em manter a Prefeitura sob seu comando, a autorização agrava ainda mais a cisão interna, pois assim Evandro poderá protagonizar um enfrentamento direto com um ex-companheiro de agremiação.

Duas siglas cortejam o presidente da Alece de maneira mais intensa, o PT e o PSB. Questionado sobre a escolha do seu destino político durante um evento na Comunidade das Quadras, no bairro da Aldeota, nesta segunda-feira, Evandro Leitão disse que a decisão ainda não foi tomada.

“Essa questão política-partidária está entregue nas mãos dos nossos advogados. Antes de definir qualquer tipo de partido, nós vamos definir primeiro a situação que temos em nosso partido atualmente”, disse o ainda pedetista, que cumpriu agenda como governador em exercício.

No entanto, segundo ele, a população precisa de opções no próximo ano. “Nessa perspectiva acredito que nós, enquanto cearenses, enquanto fortalezenses, nós, da classe política, deveremos, no momento apropriado, sentar e discutir o que é melhor para a cidade e qual o melhor projeto”, indicou, acrescentando que tem como guias as figuras do governador Elmano de Freitas (PT), do senador Cid Gomes (PDT) e do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

Ao ser indagado sobre a competitividade de Sarto para o pleito que se aproxima, o político foi enfático: “Quem tem que avaliar isso é a população fortalezense, não serei eu”.

Fonte: DN

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