Os pedidos para ter acesso ao seguro-desemprego são os maiores para o período de janeiro a julho, desde 2020, ano em que tivemos o início da pandemia de Covid-19. É o que demonstram os dados do painel de seguro-desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego.

Foram 4,29 milhões pedidos do benefício nos sete primeiros meses de 2023. Considerando o mesmo período, a expansão foi de 7,5% em relação ao ano passado e de 18,6% em relação a 2021, quando houve 3,6 milhões de solicitações;

Em 2020, nos sete primeiros meses do ano, 4,52 milhões de benefícios foram requeridos. No entanto, é preciso considerar que a pandemia do covid-19, que levou ao fechamento de lojas e comércios, começou em março daquele ano.

De acordo com o pesquisador sênior da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Fernando Barbosa, curiosamente, o aumento pode ser explicado com base na melhora do mercado de trabalho. Ele falou sobre o tema em entrevista ao site R7.com.

Isso porque a expansão dos trabalhadores com carteira assinada, que subiu 7% em dezembro de 2023 em comparação com dezembro de 2021 e de 2022, habilita mais pessoas a solicitar o benefício.

No segundo trimestre de 2023, apenas 8% da população estava desempregada. O patamar é o menor para o período desde 2014, quando, segundo registro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa era de 6,9%.

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