Uma mulher sem antecedentes criminais foi sequestrada na barra do Ceará em fortaleza por membros de uma facção criminosa, o motivo foi por ela morar em um bairro que é dominado por facção rival, Conforme documentos que tivemos acesso, a vítima relatou em depoimento ao delegado Sylvio Rego de Rangel Moreira, do 33º DP, da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), que tinha ido ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Barra do Ceará e, no caminho de volta para casa com o companheiro dela, passou por um beco.

O casal foi interrogado por pessoas que estavam na ruela sobre onde morava. Ao ouvir a resposta, um criminoso gritou “pega, pega” e um comparsa efetuou dois tiros para cima. O companheiro da mulher conseguiu correr e fugir, mas ela foi raptada e levada para cárcere privado.

Numa residência na Rua Seis Companheiros, também na Barra do Ceará, a mulher foi fotografada e ameaçada de morte. Os criminosos checaram seus documentos de identificação e acionaram comparsas, que, após alguns minutos de sequestro, confirmaram que ela não integrava uma facção rival.

A mulher chegou a ser liberada pelo grupo criminoso, mas Francisco Washington de Freitas Prudêncio, de 18 anos, não se conformou e voltou a raptar a vítima, com um “mata leão” no pescoço. Foi quando uma composição da Polícia Militar do Ceará (PMCE) chegou ao local e freou a ação criminosa.

A polícia prendeu Francisco Washington, José Jean dos Santos Duarte, 26, e da sua companheira, Karen Victoria Damasceno Paixão, 23. No local, foi apreendida uma pequena quantidade de maconha.

O flagrante foi lavrado no 7º DP (Pirambu) e um inquérito instaurado por organização criminosa, sequestro e cárcere privado e tráfico de drogas. Interrogado pelos policiais civis, Francisco Washington preferiu se manter em silêncio. Já José Jean e Karen Victoria negaram ter cometido os crimes e integrar uma facção criminosa.

Em audiência de custódia realizada pela Justiça Estadual na última terça-feira (21), Karen Victoria Damasceno Paixão foi solta, mediante aplicação de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Já Francisco Washington de Freitas Prudêncio e José Jean dos Santos Duarte tiveram as prisões em flagrante convertidas em prisões preventivas.

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