Uma célula do PCC no Ceará foi alvo da Operação Syntonos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (22), eles compartilhava fotos de policiais penais que estavam no alvo de represálias, devido à sua atuação “rigorosa” e “disciplinadora” nos presídios cearenses.

O delegado informou que os dois policiais penais eram alvos de um atentado por meio de integrantes do PCC que estavam presos. Ele detalhou que esses criminosos, que fariam parte do núcleo no Ceará, possuem influência sobre a facção criminosa e estavam fomentando atentados contra os profissionais da segurança, que se estenderiam para fora dos presídios.  O coordenador da FICCO afirma que esse descontentamento da facção, possivelmente, foi causado pela disciplina imposta na penitenciária.

“Dentro desse grupo, nós identificamos a participação de integrantes estimulando, apresentando fotografias dos policiais e apontando que eles deviam ter algum tipo de represália. Possivelmente por causa do rigor e da disciplina que têm sido implantados nos últimos anos.” IGOR CONTI – Delegado federal

Duas mulheres, que integram a célula da facção, foram alvos de 6 mandados judiciais. Uma delas, suspeita de praticar tráfico de drogas para a organização criminosa, foi presa preventivamente no bairro Praia do Futuro, em Fortaleza, onde também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra ela, no bairro Messejana. A mulher já tinha sido presa em flagrante, com drogas, em fevereiro deste ano, mas tinha sido solta pela Justiça com aplicação de tornozeleira eletrônica.

A Operação foi deflagrada após uma denúncia anônima e um ano de investigação da Polícia Federal. Aparelhos celulares e documentos apreendidos serão analisados, onde pode surgir novos desdobramentos e alvos.

“Esse grupo tinha integrante com poder de gerência. A Operação não terminou aqui e é possível que, com os materiais que foram arrecadados, consiga chegar até esse grupo e às pessoas com nível de gerência”, destacou Conti.

O nome da operação, Syntonos,  remete ao termo “sintonia”, utilizado por organização criminosa paulista para se referir aos “departamentos” ou “setores específicos” no organograma do grupo

COMENTAR