O Conselho de Ética arquivou, nesta quarta-feira (9), por 15 votos a favor e 4 contra, um processo que tramitava no colegiado e que poderia cassar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

O arquivamento ocorreu após o relator da ação, o deputado João Leão (PP-BA), mudar o seu voto e se manifestar pela inadmissibilidade do caso, ou seja, a não continuidade do processo. Na semana passada, Leão havia votado pela continuidade da ação.

“Eu acho que este conselho está maduro. Eu acho que a repercussão desse caso foi muito grande. Eu tenho acompanhado todas as sessões da Casa, […] os ânimos caíram, se arrefeceram. Então, em função disso tudo, nós vamos dar uma oportunidade à Casa, à deputada Carla Zambelli e a todos aqueles que estão com problemas, de nós pegarmos isso aqui e vamos nisso republicanamente. Eu voto pela inadmissibilidade”, disse Leão.

O processo contra Zambelli foi aberto pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA), após ele ter sido xingado pela deputada durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública destinada a ouvir o ministro da Justiça, Flávio Dino, em abril.

Na semana passada, a deputada compareceu à reunião do Conselho de Ética para se defender. Na ocasião, ela disse estar arrependida e pediu o arquivamento do processo por ausência de justa causa.

Zambelli também participou da reunião do conselho desta quarta. Após o voto de João Leão, a deputada disse que começou o ano legislativo com o “ânimo exaltado”, mas que acredita que é possível fazer debates “sem atacar” as pessoas.

“Eu acho que esse ano, todos nós, a gente começou com os ânimos muito exaltados. Eu admito que eu comecei também com o ânimo exaltado, mas hoje já vejo de outra maneira. Eu acho que a gente pode fazer um debate de ideias sem atacar pessoas. […] Realmente, não quis ofender o Duarte. Não foi minha intenção na minha fala”, afirmou.

 

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