Um mutirão carcerário, do Conselho Nacional De Justiça (CNJ), foi lançado nesta segunda-feira, 24, em todo o país. O evento conta com a participação da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.

A magistrada vai percorrer Estados para o lançamento do mutirão carcerário. Hoje Rosa Weber está em Mato Grosso. Amanhã, estará no Rio Grande do Norte. A ministra ainda passará por Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

O objetivo do Mutirão Processual Penal é revisar mais de 100 mil processos no país até o fim de agosto.

Segundo o CNJ, o Judiciário analisará nesta edição a situação carcerária de gestantes, mães, pais e responsáveis por crianças menores de 12 anos e pessoas com deficiência.

Os juízes vão analisar outros casos também:

Cumprimento de pena em regime prisional mais gravoso do que o fixado em decisão condenatória;

Situação de pessoas que cumprem pena em regime diverso do aberto;

Condenadas pela prática de tráfico privilegiado;

Casos de prisões provisórias com duração superior a 12 meses.

O mutirão é possível a partir da tecnologia em gestão de processual adotada pelo Sistema Judiciário brasileiro nos últimos anos que permite, por exemplo, o levantamento prévio de processos de interesse que serão revisados.

Com o novo modelo, que deve entrar de forma permanente no calendário do Poder Judiciário, os tribunais e o sistema de Justiça de cada localidade ficam responsáveis por revisar seus processos.

O mutirão carcerário do CNJ começou em 2008, durante a gestão do ministro Gilmar Mendes.

Desde a implantação da ação, foram analisados cerca de 400 mil processos com mais de 80 mil benefícios concedidos, como progressão de pena, liberdade provisória, direito a trabalho externo, entre outros. Pelo menos 45 mil presos foram libertados por terem cumprido suas penas.

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