O Ministério da Defesa da Rússia disse, nesta quarta-feira (19), que passará a considerar todos os navios indo em direção a portos ucranianos no Mar Negro como potenciais transportadores de cargas militares.
A mudança, após o fim do acordo de grãos do Mar Negro, deve começar a partir da meia-noite de quinta-feira (20), no horário de Moscou (18h no horário de Brasília).
Em um comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram, o ministro disse que passa a declarar as partes sudeste e noroeste das águas internacionais do Mar Negro como inseguras para navegação.
Os países donos dos navios que estiverem viajando para portos ucranianos passarão a ser considerados como aliados do lado ucraniano no conflito.
Em um comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram, o ministro disse que passa a declarar as partes sudeste e noroeste das águas internacionais do Mar Negro como inseguras para navegação. Os países donos dos navios que estiverem viajando para portos ucranianos passarão a ser considerados como aliados do lado ucraniano no conflito.
Enfraquecer o ocidente
De acordo com o chefe de gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, o objetivo da Rússia ao se retirar do acordo de grãos do Mar Negro é “colocar em risco a vida de 400 milhões de pessoas que dependem das exportações de alimentos ucranianos”. Yermak comentou o assunto em uma declaração na terça-feira 18, em uma mensagem no Telegram.
Moscou encerrou na segunda-feira 17 o acordo de exportação de grãos ucranianos que estava em vigor havia um ano e que contribuiu para evitar uma grande crise alimentar global, além de reduzir os preços de alimentos em mais de 20% globalmente.
“O mundo deve perceber que o objetivo da Rússia é matar pessoas de fome”, afirmou Yermak. “Eles precisam de ondas de refugiados. É assim que eles querem enfraquecer o Ocidente.”