Em parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu o arquivamento da investigação aberta contra o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), por suposto envolvimento com “atos antidemocráticos”.
A investigação se refere a um suposto incentivo de Zucco às manifestações de caminhoneiros que bloquearam as rodovias do país depois das eleições de 2022 para protestar contra a vitória de Lula. O caso começou a ser investigado no ano passado, no Rio Grande do Sul, e, em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos, autorizou a Polícia Federal a retomar as investigações.
Segundo a vice-procuradora, as acusações contra o parlamentar já são investigadas pelo STF em outro inquérito. “Por se tratar de fatos já examinados na Petição 10.685/DF e relacionados ao mesmo contexto fático das investigações nela realizadas, em que, inclusive, o Ministério Público Federal pede o arquivamento dos autos, a Procuradoria-Geral da República manifesta-se pelo não prosseguimento desta petição, com o arquivamento do feito”, escreveu Lindôra Araújo no parecer emitido na quarta-feira 12.
A investigação foi iniciada a partir de postagens de Zucco nas redes sociais em novembro do ano passado. Em fevereiro deste ano, após o deputado assumir a cadeira na Câmara dos Deputados, a Justiça Federal enviou o caso para o Supremo em razão do foro privilegiado.
Depois da retomada da investigação, Zucco declarou que não tem envolvimento com atos contrários à democracia e que a polícia vai verificar que não houve crime.