O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), lamentou a ação do governo para impedir o depoimento do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e outras autoridades.
“É um contrassenso total o que o governo fez na terça-feira. Quem quer investigar não faz uma manobra dessa. Eles usaram os votos da oposição para aprovar os requerimentos em que tinham interesse e, no momento, de aprovar os documentos propostos pela oposição, eles não entregaram os votos. Eles deixaram de fora os personagens centrais do 8 de janeiro. Não podemos deixar de fora o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, o Saulo Moura Cunha, ex-diretor da Abin, que apresentou três relatórios diferentes sobre o mesmo fato; ou o ministro da Justiça, Flávio Dino. A não convocação dessas pessoas traz uma aura de desrespeito à verdade” afirmou em entrevista
O Presidente da CPMI já deixou claro que na próxima seção na terça-feira (20), colocará para votação os requerimento que foram rejeitados, “É absurdo fazer uma CPMI para apurar a verdade e querer impedir que alguns nomes não sejam ouvidos apenas por serem vinculados ao governo. Isso tiraria todo o crédito da CPMI”.
Ele defendeu também a permanência do Deputado Federal André Fernandes na comissão, dizendo que não existe parlamentar pela metade, ” não pode haver deputados e senadores de níveis diferentes”.